O
termo foi utilizado pela primeira vez em 1980 por Thomas
Lovejoy, um biólogo que é assessor Científico
do Banco Mundial e United Nations Foundation, além
de presidente do Centro Heinz de Ciência, Economia
e Meio ambiente (em 2004). Este renomado acadêmico
da área da biologia da conservação
previu que 10 a 20% de todas as espécies no mundo
terão desaparecido até o ano de 2020. Segundo
o autor, além das diferentes espécies de
organismos existentes, as variações genéticas
intraespecíficas que possam surgir em função
dos diversos ambientes e ecossistemas é definido
como “diversidade biológica”.
Outros
autores (Redford & Richter, 1999) reavaliaram este
conceito, e descreveram diversidade biológica como
sendo “Toda a diversidade de organismos que vivem
num espaço, incluindo a diversidade genética,
a complexidade ecológica do ambiente físico
e a variedade das interações bióticas
e de outros processos biológicos”.
LOVEJOY, T.E. Foreword. In: SOULÉ, M.E.; WILCOX,
B.A, eds. Conservation biology: an
evolutionary-ecological perspective. Sunderland: Sinauer
Associates, 1980. p.5-9.
REDFORD,
K.H. & RICHTER, B.D. 1999. Conservation of biodiversity
in a world of use. Cons. Biol. 13:1246-56.
Acordos
e Projetos Internacionais, nacionais e locais
Considerando
que os impactos ambientais ultrapassam fronteiras, as
preocupações crescentes em manter a biodiversidade
em todos os países e necessidade de regulamentar
as pressões já existentes sobre os recursos
naturais, foi organizada em 1992 a 1ª Convenção
sobre Diversidade Biológica (CDB), para estabelecimento
de políticas comuns de meio ambiente. Neste encontro
foi acordado entre os seus membros signatários
que:
“A
utilização de componentes da biodiversidade
deve ser estabelecida, de modo e em ritmo tais que não
levem, em longo prazo, à diminuição
da biodiversidade mantendo assim seu potencial para atender
às necessidades e aspirações das
gerações presentes e futuras.”
Os três
princípios básicos da CDB são:
-
Considerar o valor intrínseco da biodiversidade,
ou seja, além de encarar a biodiversidade como
recurso explorável, valoriza suas propriedades
fundamentais, como a manutenção do equilíbrio
ecológico e da diversidade genética, além
dos aspectos sociais, científicos, educacionais,
recreacionais e estéticos;
-
Reafirmar o direito soberano dos Estados sobre seus próprios
recursos biológicos e genéticos; e
-
Reafirmar a responsabilidade dos Estados pela conservação
de sua biodiversidade e pela utilização
sustentável de seus recursos biológicos
A
grande importância desta convenção
foi estabelecer diretrizes para medidas nacionais e internacionais
voltadas para a preservação de ecossistemas
vitais e recursos biológicos indispensáveis
para um equilíbrio social, econômico e ambiental.
Foi também pioneira em discutir a repartição
justa e eqüitativa dos benefícios derivados
do uso de recursos genéticos.
A
CDB foi assinada pelo Brasil durante a Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992 (MMA, 1992).
Em 1994 foram incorporados novos artigos de proteção
à Biodiversidade na Constituição
Federal, fundamentados em quatro estratégias:
(a)
estabelecimento de um sistema de áreas protegidas
que efetivamente contemple a preservação
a longo prazo da diversidade biológica do país;
(b)
desenvolvimento de um programa de pesquisa para o conhecimento
da biodiversidade no país que reflita as necessidades
da conservação in situ;
(c) monitoramento
da biodiversidade brasileira; e
(d)
controle das atividades que resultem na erosão
da biodiversidade, além da identificação
e implementação de incentivos que levem
à sua conservação.
Além
disso, o Brasil figura como signatário de outras
convenções internacionais, dentre elas a
Convenção sobre o Comércio Internacional
das Espécies de Fauna e Flora Selvagens em Perigo
de Extinção (CITES), a Convenção
das Nações Unidas sobre o Direito do Mar,
a Convenção de RAMSAR sobre Zonas Úmidas
de Importância Internacional.
Considerando
uma escala infraconstitucional, não há ainda
uma tutela consistente da diversidade biológica
no Brasil. Existem poucas leis específicas de proteção,
como por exemplo, da flora (Lei 4.771/65), da fauna (Lei
5.197/67); de Estações Ecológicas
e Áreas de Proteção Ambiental (Lei
6.902/81); dos cetáceos (Lei 7.643/87); de ecossistemas
específicos, como a Mata Atlântica (Dec.
750/93). Recentemente (05-05-2009), A Assembléia
Legislativa do Estado de São Paulo aprovou no dia
05, o Projeto de Lei 817/2008, do Executivo, que dispõe
sobre a utilização e proteção
da vegetação nativa do Bioma Cerrado no
Estado.
MINISTÉRIO
DO MEIO AMBIENTE. Convenção sobre Diversidade
Biológica. Brasília, 1992.
Conservação
da Biodiversidade no Brasil
É
de domínio público que o Brasil abriga a
maior biodiversidade entre os 17 países megadiversos
os quais reúnem cerca de 70% de toda a biodiversidade.
Segundo as estimativas, o nosso país possui entre
15 e 20% de toda a diversidade biológica mundial
e o maior número de espécies endêmicas
do planeta.
Apesar
da legislação e da importância na
manutenção desta “megadiversidade”,
a realidade é a perda de ambientes preservados
pela ocupação humana desordenada, desmatamento;
conversão das paisagens naturais em reflorestamentos,
plantações de soja e pastagens; e pela expansão
industrial e urbana.
A
destruição da Mata Atlântica brasileira,
e de sua vida silvestre, começou no início
do século XVI e os primeiros parques criados no
Brasil – Itatiaia, em 1937; e Iguaçu, Serra
dos Órgãos e Sete Quedas, em 1939 –
tinham por objetivo proteger apenas paisagens de excepcional
beleza, sem qualquer viés conservacionista com
relação à flora e fauna local (MITTERMEIER
et al., 2005).
Segundo
Lewinson (2002), somente nos últimos 30 anos ocorreu
um crescimento de projetos, com objetivos de conservação
da biodiversidade, e foi articulada uma comunidade forte
de cientistas e profissionais de conservação
de classe mundial. Estas iniciativas são desenvolvidas
tanto por centros de pesquisa ligados à universidades
públicas e fundações quanto por organizações
não-governamentais nacionais e internacionais.
MITTERMEIER,
RUSSELL A.; DA FONSECA, GUSTAVO A. B.; RYLANDS, ANTHONY
B. & BRANDON, KATRINA. Uma breve história da
conservação da biodiversidade no Brasil.
Megadiversidade, vol.1(1), Julho 2005. p.14-21.
LEWINSON,
T.M. Biodiversidade brasileira: síntese do estado
atual do conhecimento. Ministério do Meio Ambiente,
São Paulo. 2002.
A diversidade
do Estado de São Paulo - Biomas
O
estado de São Paulo apresenta uma grande devastação
dos ambientes naturais, em função da ocupação
humana (atividades agrícolas e industriais), preservando
apenas remanescentes de vegetação nativa,
podendo-se destacar áreas do domínio da
Mata Atlântica (onde se incluem as matas do interior
paulista) e de Cerrado (METZGER & CASATTI, 2006).
A
descrição dos organismos e suas inter-relações
ocorrentes nesses remanescentes florestais ainda é
muito restrita a alguns locais (MMA, 2003). Um conhecimento
mais global é necessário para o entendimento
dos processos reguladores da dinâmica florestal
e dos mecanismos promotores e mantenedores da diversidade.
Os inventários biológicos são necessários
para estimar os impactos decorrentes de atividades humanas
e planejar a criação de novas unidades de
conservação. Desta forma, será possível
nortear ações mais pertinentes nas políticas
públicas de conservação, manejo e
recuperação destes ambientes, além
de fornecer prováveis indicadores para avaliação
e monitoramento nessas áreas (LEWINSON, 2002).
O
bioma Mata Atlântica envolve variados ecossistemas:
Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila
Mista, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional
Semidecidual e em algumas áreas existem fragmentos
de cerrado, campos e campos de altitude. Também
estão compreendidos Manguezais, Restingas, Praias
e Ilhas Litorâneas. A combinação da
falta de proteção e de perda contínua
de recursos biológicos faz que a extinção
seja a norma entre as espécies exclusivas em cada
ecossistema do bioma Mata Atlântica. Paradoxalmente,
existe uma grande preocupação em todas as
esferas (governos, organizações não-governamentais
e sociedade civil) na manutenção da grande
diversidade de espécies destes ambientes.
Como
existe uma urgência em sensibilizar a sociedade
para serem definidas áreas prioritárias
para manutenção da biodiversidade, surgiu
com o ecólogo Norman Myers, em 1988 o conceito
de “hot spots”. Estes ditos pontos quentes
abrigam um número significativo de espécies
endêmicas, e por isso mais vulneráveis à
extinção (MITTERMEIER et al., 1999).
A
Floresta Atlântica é composta por mosaico
de diferentes fisionomias e espécies vegetais em
habitats com grande diversidade ambiental. Considerando
os critérios endemismo específico e grau
de degradação, foi classificada como uma
área muito especial (hottest hotspots) para prioridades
de conservação por Myers e colaboradores
(2000), apresentando número estimado de 20.000
espécies de plantas (RODAL et al. 2005).
Quanto
à fauna presente nas Florestas Ombrófilas
Atlânticas, também os números são
impressionantes. Como exemplo, o trabalho publicado por
Metzger e colaboradores (2006) após os levantamentos
biológicos realizados nos últimos cinco
anos na Reserva Florestal do Morro Grande (RFMG) em Cotia,
SP permitiram inventariar mais de 13.000 indivíduos
pertencentes a 673 espécies de árvores,
mamíferos não-voadores, aves, répteis,
anuros e aranhas.
O
Estado de São Paulo possui hoje somente 0,84% de
área de Cerrado (211 mil hectares), o que contrasta
com a sua ocupação original de 14% do território
paulista (3,4 milhões de hectares). O Cerrado é
a savana mais rica em diversidade de espécies,
reunindo cerca de 5% da flora mundial, sendo considerado
o segundo maior bioma de toda a América do Sul
(OLIVEIRA et al., 2008). De acordo com uma revisão
recente (FELFILI & FELFILI, 2001) estima-se que a
flora do cerrado seja superior 6.000 espécies vasculares,
sendo considerado um dos 25 “hot spots” para
conservação em função da sua
elevada diversidade biológica e espécies
com distribuição restrita. As pesquisas
mostram que a sua ocupação desordenada (MMA,
2005) já converteu muito da vegetação
natural em paisagens e que possui uma fração
mínima das suas diferentes tipologias representadas
em área protegidas (unidades de conservação).
No
ambiente do Cerrado são conhecidas, até
o momento, 1.575 espécies animais, formando o segundo
maior conjunto animal do planeta. Cerca de 50 das 100
espécies de mamíferos (pertencentes a cerca
de 67 gêneros) estão no cerrado. Apresenta
também 837 espécies de aves; 150 de anfíbios,
das quais 45 são endêmicas; 120 espécies
de répteis, das quais 45 endêmicas; apenas
no Distrito Federal, há 90 espécies de cupins,
1.000 espécies de borboletas e 500 de abelhas e
vespas (IBAMA, 2002). Devido à grande ação
antrópica e suas atividades, este bioma tem sido
constantemente modificado e apresenta várias espécies
da fauna ameaçadas de extinção, como
o tamanduá-bandeira, o macaco, a anta, o lobo-guará,
o pato-mergulhão e o falcão-de-peitovermelho,
o tatu-bola, o tatu-canastra, o cervo, o cachorro-vinagre,
a onça-pintada, a ariranha e a lontra.
METZGER,
J.P & CASATTI, L. From diagnosis to conservation:
the state of the art of biodiversity conservation in the
BIOTA/FAPESP program. Biota Neotrop. Mai/Set 2006 vol.
6 no. 2.
MINISTÉRIO
DO MEIO AMBIENTE. Fragmentação de Ecossistemas:
Causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações
de políticas públicas. Brasília,
2003.
LEWINSON,
T.M. Biodiversidade brasileira: síntese do estado
atual do conhecimento. Ministério do Meio Ambiente,
São Paulo. 2002.
MITTERMEIER,
Russel A.; MYERS, Norman & MITTERMEIER, Cristina Goettsch.
HOTSPOTS: earth’s biologically richest and most
endangered terrestrial ecoregions. Conservationon International;
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MYERS,
N.; MITTERMEIER, R.A.; MITTERMEIER, C.G.; FONSECA, G.B.
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RODAL,
Maria Jesus Nogueira; SALES, Margareth Ferreira; SILVA,
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Flora de um brejo de altitude na escarpa oriental do planalto
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METZGER,
J.P.; ALVES, L.F.; PARDINI, R.; DIXO, M.; NOGUEIRA, A.A.;
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E.L.M. Características ecológicas e implicações
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do Morro Grande. Biota Neotrop.May/Aug 2006 vol. 6 no.
2.
OLIVEIRA,
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da biodiversidade e o hotspots cerrado. Caminhos de Geografia.
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report for the Convention on Biological Diversity. Brasil.
Secretaria de Biodiversidade e Florestas, MMA, Brasília.
IBAMA- Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Importância
da pesquisa
Uma
das maiores iniciativas para um inventário sobre
a biodiversidade é programa BIOTA, financiado pela
Fundação de amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP). Envolvendo várias
instituições de pesquisa e especialistas,
é certamente o principal empreendimento científico
no Brasil para o estudo e conservação da
biodiversidade (http://www.biota.org.br).
A pesquisa científica sempre foi considerada fundamental,
pois existe uma necessidade de documentar a diversidade
dos organismos e também a dinâmica das relações
entre suas populações e comunidades com
o ambiente abiótico. O monitoramento constante
dos ecossistemas naturais e das espécies chaves
ou ameaçadas, a partir de metodologias científicas,
é ainda crucial para avaliar e determinar os principais
fatores que contribuem para a perda de diversidade.
Um
dos indicadores mais apropriados para o monitoramento
do estado da biodiversidade e para a identificação
de estratégias de conservação in
situ, está representado pela evolução
das estimativas ligadas ao número de espécies
consideradas ameaçadas de extinção,
mas para isso são necessários dados coletados
em diferentes períodos (por exemplo, registros
históricos). Esta avaliação é
dificultada pela falta de uma identificação
taxonômica precisa em muitos trabalhos antigos,
preservação das “Excicatas”
utilizadas ou “Espécimens Tipo” de
referência depositados. Para um país de megadiversidade
como Brasil, os herbários e outras coleções
sistemáticas são um componente vital no
esforço de descrever, gerenciar e aproveitar sua
riqueza biológica.
A
melhoria e uma maior facilidade de acesso às coleções
são essenciais, não só para taxonomia,
mas também para aumentar o conhecimento sobre a
biogeografia e ecologia de espécies brasileiras.
Conservação
da natureza e Educação Ambiental
A
definição vigente para “conservação
da natureza” é todo o manejo incluindo desde
a proteção integral até a utilização
sustentável e a restauração, visando
a perpetuação das espécies e a manutenção
da biodiversidade e dos recursos naturais de forma sustentável
(Sistema Nacional de Unidades de Conservação,
lei n. 9.985, 18 de julho de 2000).
Apesar
deste conceito (inclusive com respaldo legal), o que tem
se observado na prática é que fatores como
a perda de habitats, a fragmentação de ecossistemas,
o problema das espécies invasoras (exóticas),
entre outros, têm causado uma enorme perda dessa
diversidade, extinguindo espécies. Para a reversão
deste processo é necessário também
levar o conhecimento gerado sobre temas específicos
(pesquisa acadêmica) que contribuem para a conservação
da biodiversidade a um amplo público, e trabalhar
de forma sinérgica a aquisição do
conhecimento e as práticas educacionais. Desta
forma, a produção de material informativo
sobre a biodiversidade brasileira, as espécies
da fauna brasileira ameaçadas de extinção
(constantes da lista oficial), a fragmentação
de ecossistemas, os biomas brasileiros, as espécies
invasoras e as Unidades de Conservação poderão
ser alinhadas com as diretrizes governamentais em educação
ambiental.
SNUC - SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000
A Biodiversidade e o Desenvolvimento Sustentável
A
redução e degradação dos ambientes
naturais, a excessiva exploração econômica
de recursos e a poluição conduzem à
perda da Biodiversidade. Por outro lado, as pesquisas
mostram que, se considerarmos a diversidade genética
e bioquímica existente neste patrimônio natural,
há um imenso universo de possibilidades para o
desenvolvimento de inovações, a partir da
manipulação destes recursos (por exemplo,
a biosprospecção). A conservação
da biodiversidade tem sido justificada em termos de valor
econômico, funcionalidade ecológica e ética
biológica (TOMASONI & TOMASONI, 2002 ). O trabalho
de Mefee e Carroll (1997) propôs ações
para a conservação da biodiversidade mundial:
a)
estabilizar e então reverter o crescimento da população
humana;
b) proteger as florestas tropicais e os outros maiores
centros de biodiversidade;
c)
desenvolver uma perspectiva mais global para os recursos
da Terra, enquanto se resolvem problemas locais, onde
for possível;
d)
desenvolver atividades econômicas e ecológicas
equilibradas (auto-sustentáveis), para substituir
a meta do contínuo crescimento econômico;
e
e)
modificar os sistemas de valores humanos para refletir
sobre a realidade ecológica.
Esses
dados provocam atualmente um questionamento integrando
as preocupações ambientais com os mecanismos
de promoção do desenvolvimento econômico
e social.
Uma
das estratégias que vem sendo propostas é
a elaboração de projetos que permitam o
acesso aos recursos naturais renováveis de forma
sustentável. Não obstante as novas metodologias
para a conservação in situ da biodiversidade,
são necessários mecanismos eficazes de comando
e controle, além de incentivos apropriados à
sua adoção em caráter permanente.
TOMASONI, Marco Antonio & TOMASONI, Sônia Marise
Rodrigues Pereira. Ecologia, ética e Ambientalismo:
prefácio de suas ambigüidades- Educação
e Contemporaneidade, 2002 - revistadafaeeba.uneb.br 303
Revista da FAEEBA-Educação e Contemporaneidade,
Salvador, v. 11, n. 18, p. 303-316, jul./dez. 2002
MEFEE, G. K. & CARROLL, C. R. Principles of conservation
biology. Sunderland: Sinauer Associates, 1997.
Heloisa
Candia Hollnagel é bióloga, doutora em bioquímica,
professora universitária e pesquisadora do Projeto
Darwin.